Liberte-se,viva seus sonhos e seja feliz!
Abra os olhos e veja além do seu nariz
A verdade está muito além do que se diz
Ela é só a poeira de mitos escritos de giz


Peço uma dose de liberdade
Mas assim
Talvez tenha chegado o meu fim
Estou cansado de tudo,
Da minha vida sempre cinza
Sim
Talvez hoje eu nem saiba mais voar
Mas um dia devo ter a chance
Assim eu quero
Assim eu espero



Só preciso das asas certas
Que vejam o vento, e logo estão abertas
À um mundo menos cinza
As descobertas
À tudo que eu espero
À tudo que se faça concreto

Acreditei em tudo que se diziam
Acreditei, em todo fim do mundo que não te enxerguei
Ouvia-se sempre frases clichês
Muito fantasioso
Sempre serei, um velho tolo e morto
Com uma imaginação de criança
Sim, sempre serei


E quando for repousar, cansado 
Meu travesseiro ouvirá todos os meus sonhos perdidos
Com expectativa criados, porém nunca cumpridos
E eu hei de sonhar novamente mil sonhos
À espera de novas asas
E de um mundo mais colorido


Um novo fado
Uma nova espera interminável
Já diria Machado
Matamos o tempo, o tempo nos enterra
A pilosidade de minha cama ouvirá
Que eu quero um amor
Que eu quero uma paz
Que eu quero uma paz que perturba
Não posso ter os dois?
Pois
A vida me deu os dados
Mas não sei como jogar


Por fim jogo os dados à messa
E espero um novo jogo começar.


Ludmila Cunha e Iago Pereira