Adônis, o filho do pecado
Na natureza nascido e finalizado
Rogo-te não o sangue, mas as flores
Anêmonas fruto do teu amor metamorfoseado

Afrodite, causadora de guerra
Impetuosa ao se opor a Atenas e Hera
Rogo-te não a beleza, mas os amores
O auge e o caos da tua Era

Apolo, o olho dos céus
Tem o Sol e teus raios como teu troféu
Rogo-te não a luz, mas a eternidade
Infinitos crepúsculos, tua imortalidade fiel

Ariadne, um rolo de lã e tua sagacidade
Nem mil labirintos atrapalham tua vontade
Rogo-te não o amor de Teseu, mas tua coragem
De mulher singular, jamais limitada pela mortalidade

Ártemis, em cada nova fase, uma versão
Libertada das amarras do amor e tua prisão
Rogo-te ,por fim, não a Lua, mas o isolamento
E toda a graça que traz consigo a solidão